Carmo Neto lançou o seu primeiro livro “A forja”, em 1985, seguindo-se, “Meu Réu de Colarinho Branco”, 1988, “Mahézu”, 2000, “Joana Maluca”, 2004, e “Degravata”, em 2007. Os contos de Carmo Neto integram diversas antologias publicadas em Angola e no estrangeiro, estando traduzido em inglês, francês, árabe e espanhol. “Oxalá cresçam pitangas, literatura de Angola, um livro bilingue” é o título de uma sugestiva colectânea de textos poéticos e ficção narrativa, em língua portuguesa, traduzidos em alemão, que inclui poemas e contos de treze autores de diversos períodos, e gerações literárias. A antologia inclui escritores consagrados como Agostinho Neto, com o texto, “Poema”, e Arnaldo Santos, com o “Desterro do ambaquista”. No domínio da ficção narrativa, a colectânea inclui ainda Zetho Cunha Gonçalves, com o conto, “O inferno e a morte na palma da mão”, Tuzuary Nkeita, com “A Caixa Negra”, Roderick Nehone, “Catador de Bufunfa”, Isabel Ferreira, “Xaimita zungueira-fina”, Sónia Gomes, “A filha do general”, Amélia Dalomba, “O mar no signo do laço”, Arnaldo Santos, “Tesouro de quianda”, João Melo, com “O engenheiro nórdico” e Carmo Neto com o conto, “Ah! Jeremias”.
O mandato de Carmo Neto, como Secretário-geral da UEA, caracterizou-se pela edição de novos títulos bibliográficos, no domínio da poesia e da ficção narrativa e pela pertinência dos temas, em debate, nas sessões das “Makas à Quarta-Feira”, no âmbito das actividades culturais. A optimização das estratégias de internacionalização da literatura angolana, foi caracterizada pela tradução de obras referenciais da literatura angolana, e o lançamento de importantes antologias, muitas das quais em co-edições, no estrangeiro, em inglês, francês, alemão, italiano, incluindo a língua árabe, concretizando um propósito que visou, fundamentalmente, o diálogo intercultural, entre os países, pela via da internacionalização da literatura angolana.