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Biografia

Advogado & jornalista
Também Autor com quase 30 anos de experiência

APRESENTAÇÃO

Filho de Francisco António Luís do Carmo e de Teresa João Sebastião da Costa, modista de profissão, António Francisco Luís do Carmo Neto nasceu em Malanje, no dia 16 de Outubro de 1962. Carmo Neto é neto do Soba Cunga do Lau, em Malanje, desaparecido em 1961, depois de preso pela PIDE. O seu pai, um fervoroso e convicto nacionalista angolano, também era conhecido por Chico Cunga ou Chico Bonito, pelas mulheres da época, e Dr. Sarmento pelos colegas do Quéssua, figura notável que chegou a exercer o cargo de director do Instituto de Algodão de Angola, em Malanje, e dos Serviços de Geologia e Minas, em Luanda.

Advogado e jornalista, Carmo Neto é membro da Ordem dos Advogados de Angola, da União dos Jornalistas Angolanos, e da UEA. Carmo Neto tem afirmado, de forma reiterada, que a sua escrita literária é consequência do cruzamento entre o exercício da advocacia, e a prática do jornalismo, na época em que foi Director Adjunto da “Revista Militar” das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, FAPLA, de 1987 a 1992, tendo sido depois Director da mesma revista, de 1993 a 2002, das Forças Armadas de Angola, (FAA).

Contista e cronista, Carmo Neto é conselheiro do Comandante Geral da Polícia Nacional, e foi secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA). Exerceu a função de director da Revista Militar das Forças Armadas Angolanas, durante os anos de 1980, primeiro por eleição e depois por nomeação. Foi fundador do Jornal Desportivo Militar.

A Jornada do Autor

Carmo Neto lançou o seu primeiro livro “A forja”, em 1985, seguindo-se, “Meu Réu de Colarinho Branco”, 1988, “Mahézu”, 2000, “Joana Maluca”, 2004, e “Degravata”, em 2007. Os contos de Carmo Neto integram diversas antologias publicadas em Angola e no estrangeiro, estando traduzido em inglês, francês, árabe e espanhol. “Oxalá cresçam pitangas, literatura de Angola, um livro bilingue” é o título de uma sugestiva colectânea de textos poéticos e ficção narrativa, em língua portuguesa, traduzidos em alemão, que inclui poemas e contos de treze autores de diversos períodos, e gerações literárias. A antologia inclui escritores consagrados como Agostinho Neto, com o texto, “Poema”, e Arnaldo Santos, com o “Desterro do ambaquista”. No domínio da ficção narrativa, a colectânea inclui ainda Zetho Cunha Gonçalves, com o conto, “O inferno e a morte na palma da mão”, Tuzuary Nkeita, com “A Caixa Negra”, Roderick Nehone, “Catador de Bufunfa”, Isabel Ferreira, “Xaimita zungueira-fina”, Sónia Gomes, “A filha do general”, Amélia Dalomba, “O mar no signo do laço”, Arnaldo Santos, “Tesouro de quianda”, João Melo, com “O engenheiro nórdico” e Carmo Neto com o conto, “Ah! Jeremias”.

O mandato de Carmo Neto, como Secretário-geral da UEA, caracterizou-se pela edição de novos títulos bibliográficos, no domínio da poesia e da ficção narrativa e pela pertinência dos temas, em debate, nas sessões das “Makas à Quarta-Feira”, no âmbito das actividades culturais. A optimização das estratégias de internacionalização da literatura angolana, foi caracterizada pela tradução de obras referenciais da literatura angolana, e o lançamento de importantes antologias, muitas das quais em co-edições, no estrangeiro, em inglês, francês, alemão, italiano, incluindo a língua árabe, concretizando um propósito que visou, fundamentalmente, o diálogo intercultural, entre os países, pela via da internacionalização da literatura angolana.

CERTIFICAÇÕES